A idéia central desse encontro é gerar reflexões a respeito do poder decisivo do grupo familiar em nosso destino.
Aqui trato o destino como fruto dos dramas vividos pelos descendentes de nossa família. O script tantas vezes revivido por nossa linhagem familiar, forças ocultas que modelam e determina a vida de pessoas ligadas a esse grupo por vínculos profundos. Inevitavelmente estamos subjugados aos nossos precedentes, de muitas formas fomos gerados por seus destinos e inevitavelmente todos eles estão presente em nós. Assim também junto com todos nossos precedentes, estaremos presentes nas gerações seguintes unidos por essa natureza.
Quando compartilho dessa visão com amigos, percebo que esse assunto causa arrepios e quase sempre uma espécie de confusão. “Karma!” “DNA!” “Maldição!!!” E quase sempre respondo: “é e não é”.
A certeza da força geracional da família emerge de um lugar em mim onde mora o silêncio. Lugar que está além da minha dúvida, são vozes que foram silenciadas pelo tempo ordinário onde as coisas nascem, vive e morrem.
Na verdade, o que sinto é muito profundo, vai além da minha percepção egóica, porém, algo que de alguma forma estava contido nos subterrâneos do grupo que pertenço e que agora emerge numa delicadeza maior.
Ouso definir esse meu sentimento de delicadeza maior como o surgimento da consciência ancestral, uma consciência desvelada em minha consciência que oferece inspiração e conexão como algo que está para além do tempo geracional da família.
Na antiguidade a ancestralidade era utilizada com o propósito de ré conexão com os Deuses. Seres míticos que estavam para além do mundo mortal e que detinham do conhecimento do destino.
A consciência ancestral é um sistema que foi ativado,é um local sagrado que o conhecimento maior se torna acessível.
A diversidade da nossa árvore familiar está presente em cada membro desta. O uni-verso é re encenado na transmissão desse grupo ao longo do tempo/espaço. Cada indivíduo se constitui num mosaico multidimensional uma verdadeira constelação familiar.
Eu acolho esse mistério que sou. Eu acolho as partes sombrias, seus silêncios e seus sons.
Barthô Nigro
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